É Março-Mulher e continuam a ser “Ellas” as donas e senhoras deste nosso tempo de rádio dedicado ao Jazz.
E, tal como sucedeu no programa passado, um homem – desta feita o contrabaixista Dave Holland - irá fazer as honras desta Casa de Jazz que é o JazzLAC.
Antes de passarmos à apresentação d”Ellas”, porque este programa irá para o ar no dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, permitam-nos algumas cnsiderações sobre as MULHERES...
Umas evidenciaram-se na ciência; outras na arte, na política ou nas letras. E muitas mais passam despercebidas, por não terem atingido a fama: são as heroínas diárias que conjugam uma profissão com responsabilidades familiares e, após um dia de trabalho e horas perdidas nos transportes, chegam a casa, para mais umas horas de trabalho doméstico.
São também as idosas, que trabalham uma vida inteira sem reconhecimento social, por não terem tido um salário e que agora definham em lares de esquecimento...
Um beijo para todas. E votos que esse bem mais precioso da Vida – a Saúde – nunca lhes falte em cada dia do ano!
A propósito da escolha de Dave Holland, valerá a pena contar-vos a história do “The Montrey Quartet: Live at the 2007, Montrey Jazz Festival ”.
Numa noite especialmente inspirada, encontram-se em palco quatro músicos sem liderança definida - funcionando todos no mesmo plano de responsabilidade - e dando o máximo do seu contributo individual para o bom êxito da empresa colectiva. O pianista cubano Gonzalo Rucalcaba, afastado dos seus mais obsessivos tiques virtuosísticos, grava, talvez, o disco mais jazzy da sua carreira norte-americana, enquanto o saxofonista Chris Potter se assume na expressão calorosa da sua emoção. Dave Holland, o contrabaixista do quarteto, desmultiplica-se pelas dispersas acentuações das métricas irregulares que tanto o apaixonam e assumindo-se Eric Harland, mais uma vez, como dos mais delicados e explosivos bateristas – Músicos do presente.
Verdadeira reunião de gigantes.
Depois de mostrar os seus múltiplos talentos, vai abrir as portas deste espaço aberto e de liberdade musical à mais popular cantora de Jazz de todos os tempos: Ella Fitzgerald (1918- 1996) (que já esteve connosco no passado dia 1).
Depois, é que vão ser (uma e outra vez) “Ellas”: Barbara Dennerlein (órgão, instrumento que muitos pensavam exclusivamente destinado às cerimónias fúnebres e que, afinal, também tem o seu espaço no Jazz; a pianista notável JoAnne Brackeen vai fazer-nos companhia e teremos ainda a oportunidade de ouvir a voz única de Sheila Jordan.
Sim, vão ser Ellas. Em Março, continuará a vontade de dar jazz a conhecer, vontade que se vai multiplicando todos os dias, segundo um velho lema: “o Jazz é a flor que apesar de tudo desabrocha no pantanal”, do saxofonista americano Archie Sheep.
17 de Agosto de 1919: O dia em que a nova do Jazz chegou à capital do Fado
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No dia 17 de Agosto de 2019, assinala-se o 100.º aniversário da publicação
da primeira notícia, conhecida, a referir-se, em Portugal, ao fenómeno do
Jazz.
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Há 5 anos
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