segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Programa JazzLAC (95.5 FM) de segunda, 30 de Novembro de 2009


Começaremos com as vozes do Take 6 - belas vozes. Memórias de boa memória. Take 6. Venha mais música.
Depois, virá uma viagem com a música de um brilhante saxofonista, Michael Breker, que já nos deixou. Quando uma partida nos indigna assim, não há muitas palavras que nos ajudem. Morreu um homem bom, no bom sentido da palavra bom. Trata-se de Michael Breker.
O milagre da última obra do grande saxofonista – Pilgrimage (peregrinação, romaria), foi a última obra gravada por Michael Brecker, que faleceu com 57 anos. Padecendo de uma rara doença, síndrome mielodisplásica, desde meados de 2004. Brecker viveu uma existência dolorosa até á morte. Todavia, em Agosto de 2006, teve forças para reunir um grupo de grandes músicos amigos para gravar este soberbo CD – um testemunho musical à altura do talento deste músico notável, para gravar este "peregrinação".
Foi um autêntico milagre que Brecker tivesse forças para produzir um Jazz tão vibrante como o que se ouve ao longo deste CD, a que chamamos “O Adeus de Brecker”.
Músicos houve que, nas suas derradeiras gravações, denunciavam a fragilidade da sua saúde. Não é o caso de Michael Brecker, cuja música sempre esteve associada a uma certa ardência e a um carácter de urgência.
A impressão com que se fica depois da uma audição deste disco é a de que o músico estava – sabe-se lá com que sacrifício –, na posse de todos os seus recursos e faculdades, tão evidente nos seus solos, como na qualidade das suas composições.
Vamos ouvir este milagre. O Adeus de Brecker.
Tocados pela surpreendente vitalidade do saxofonista, estão muito bem as outras estrelas que aqui se juntam ao amigo – companheiro: o pianista Brad Meldhau, numa rara atitude muito percusiva; Herbie Hancock, um mestre do teclado, mais jazzy do que nas suas intervenções mais recentes, alinhando intervenções brilhantes, criativas, originais; o guitarrista Pat Metheny, claro nos seus uníssonos com o saxofonista e objectivo nos seus solos; Jack DeJohnette, soa com uma intensidade que há anos não se lhe ouvia, e, por fim, o contrabaixista John Patitucci, discreto, mas sempre eficiente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixe o seu comentário, a sua dica, o seu sentimento jazzy:

Related Posts with Thumbnails

Nelo Teixeira e Lino Damião - Artistas plásticos JAZZlovers